Dentista e corona vírus, como fica?
- Dr. Fabio de Mattos Rodrigues

- 10 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de nov. de 2020
A Odontologia foi colocada como a profissão de maior risco para contaminação pelo corona vírus, devido a sua grande exposição e a proximidade do contato com o paciente durante a consulta. Mas e aí, então não podemos atender de forma segura? Muito pelo contrário.

Antes mesmo da pandemia de corona vírus, existiam diversas outras doenças que traziam ao dentista e ao seu paciente, grande risco de contaminação, por isso, desde a nossa formação trabalhamos com diversos protocolos que garantem a “Biossegurança”.
Biossegurança nada mais é do que a segurança biológica, uma série de cuidados e precauções que garantem que nós profissionais e nossos pacientes não sejamos infectados, por quaisquer que sejam as doenças, desde a mais difícil até a de mais fácil contágio, nos prevenimos contra todas, e por que tudo isso?
A menos que uma pessoa realize exames com regularidade, dificilmente ela pode garantir que não tem determinada doença, pois existem muitas doenças silenciosas que demoram até anos pra se manifestar e apresentar sintomas, e por isso, grande maioria das pessoas não fazem exames regularmente.
Sendo assim, como poderíamos saber quem é portador ou não de alguma doença infectocontagiosa? Não temos como saber! Essa é a grande verdade, a menos que fizéssemos uma extensa e demorada bateria de exames em cada paciente, mas isso seria inconveniente e invasivo, e muitas doenças não cabem a um dentista fazer tal diagnóstico.
Dessa forma, enxergamos todos os pacientes como portadores de doenças infectocontagiosas, isso parece meio estranho e até grosseiro, mas quando fazemos isso, tomamos todas as devidas precauções para evitar qualquer tipo de contaminação que possa existir, e isso é feito em todas as áreas de atuação da saúde. E quais são esses procedimentos?

Bom, para entender bem, é necessário saber que no consultório os materiais são classificados como: “CRÍTICOS” são aqueles que tem contato com sangue, saliva etc.; “SEMI-CRÍTICOS” são aqueles que tem contato com mucosa ou pele íntegra; e os “NÃO CRÍTICOS” são os materiais que tem contato com a pele íntegra ou não tem contato com o paciente. Entendido isso.
Os materiais “CRÍTICOS” são de esterilização obrigatória, em autoclave, que tem sua efetividade verificada periodicamente por testes biológicos que atestam a eliminação total de quaisquer microrganismos.
E os materiais “SEMI-CRÍTICOS e NÃO CRÍTICOS”, os que não puderem ir para autoclave por qualquer motivo, são desinfetados com soluções degermantes que eliminam vírus, bactérias e fungos. Assim também é feita a limpeza de superfícies de mesas, bancadas, cadeiras odontológicas e outros.
Além de tudo isso, os equipamentos de proteção individual são indispensáveis para proteção do profissional e dos pacientes. Avental, gorro, máscara, luvas, óculos de proteção, usar e descartar todos esses itens corretamente fazem parte da nossa rotina desde sempre.
Achou este post interessante, mas ainda tem dúvidas, mande uma mensagem para nós, e ficaremos felizes em esclarecê-las. 😉
Muitas pessoas ficam de cabelo em pé só de falar em passar com dentista em plena pandemia, se você conhece alguém assim, compartilhe esse post. O cuidado com a saúde não pode parar!




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